Elói Mendes - CarnaElói - Marchinhas de Carnaval
A marchinha é produto da mistura dos ritmos da polca ao one-step e ao rag-time norte-americanos e aparece no carnaval carioca em 1920. A marchinha se caracteriza por ser de modalidade de fundo de brejeiro, fácil de reter e dançar, e se prestando à crítica, à sátira , à galhofa e assim se pondo em consonância com o espírito da metrópole da alegria, a marchinha logo se tornou um dos atrativos maiores do carnaval cantado no Rio e em todo o Brasil.
Ao lado do samba, a marchinha passou a formar a dupla principal dos ritmos da grande festa do povo. Muitos a consideram banal como ritmo, mas o certo é que a marchinha é o ponto alto do carnaval. Enquanto o samba é geralmente sentimental, romântico e chorão na fase carnavalesca, embora de maior sonoridade, a marchinha é viva, crepitante, buliçosa, por vezes canalha e portanto bem mais carnavalesca.
O samba é poético ou filosófico; a marcha é caricatual e gargalhante, brejeira e maliciosa. A malícia é exagerada. Em muitos casos o duplo sentido nem chega a ser duplo e alguns compositores faziam versos fáceis de serem substituídos nas horas de maior entusiasmo, pois as palavras e frases do original já sugeriam a troca. No cancioneiro carnavalesco estão inscritas centenas de marchas que, além do êxito popular alcançado, são magníficas produções, consideradas como clássicos da música popular brasileira.
A marchinha é uma das cinco modalidades da cantiga carnavalesca do Rio. É mais de Momo do que o samba, que surge a qualquer tempo. Fora do carnaval, a marchinha é rara. Aparece por vezes nas comemorações juninas ou natalinas, ou para fixar uma festa ou acontecimento de vulto.
Allah-la-ô
Haroldo Lobo e Nássara

Allah-la-ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô, ô ô ô

Allah-la-ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô, ô ô ô

Atravessamos o deserto do Sahara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Allah-Allah-Allah, meu bom Allah

Mande água pra Ioiô
Mande água pra Iaiá
Allah, meu bom Allah

 
Ó ABRE ALAS
Chiquinha Gonzaga
Ó abre alas
que eu quero passar

Ó abre alas
que eu quero passar

Eu sou da lira
Não posso negar

Ó abre alas
que eu quero passar

Rosa de Ouro
é quem vai ganhar
 
A Turma do Funil
Mirabeau, M. de Oliveira e Castro
Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto

Ai, ai, ai, mas ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos
E eles ficam tontos (bis)

Eu bebo sem compromisso
Com meu dinheiro
Ninguém tem nada com isso

Aonde houver garrafa
Aonde houver barril
Presente está a turma do funil
 
Aurora
Mário Lago e Roberto Roberti

Se vocë fosse sincera
Ô ô ô ô, Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô , Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame
Antes do nome
Você teria agora
Ôôôô Aurora

 
Cabeleira do Zezé
João R. Kelly e Roberto Faissal
Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é
Será que ele é

Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é
Será que ele é

Será que ele é bossa nova
Será que ele é Maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é

Corta o cabelo dele
Corta o cabelo dele
Corta o cabelo dele
Corta o cabelo dele
Cachaça
Mirabeau Pinheiro, L. Castro H. Lobato
Se você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não

Pode me faltar o amor
Disto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
 
Cidade Maravilhosa
André Filho
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Berço do samba e das lindas canções
Que vivem na alma da gente...
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Jardim florido de amor e saudade
Terra qua a todos seduz ...
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz
Jardineira
Benedito Lacerda e Humberto Porto
Oh jardineira
Porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu?

Foi a camélia
Que caiu do galho
Deu dois suspiros
E depois morreu

Vem jardineira
Vem meu amor
Não fique triste
Que este mundo é todo teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu...
Me dá um dinheiro aí:
Homero, Ivan e Glauco Ferreira
Hei, você aí, me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí

Hei, você aí, me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí

Não vai dar
Não vai dar não
Você vai ver que grande confusão
Eu vou beber
Beber até cair
Me dá, me dá. me dá, oi
Me dá um dinheiro aí...
O teu cabelo näo nega
Lamartine Babo
O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata eu quero teu amor

Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata, mulatinha, meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor

Quem te inventou, meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando fez careta
Porque, mulata, tu não és deste planeta

Quando meu bem vieste a Terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da Gama contra um batalhão naval
Elói Mendes - Minas Gerais - Brasil
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